sábado, 21 de maio de 2011

Bistrô das Artes Barra do Say - Crônica - Artes Visuais e Gastronomia

Massa com Filé de Peixe e Tomate Concassê
Este final de semana está super movimentado no
Bistrô das Artes Barra do Say, aqui em Itapoá.
O prato sensação tem sido
Massa com Filé de Peixe e Tomate Concassê: massa artesanal, peixe aqui da Barra do Say e tomate da Horta Orgânica Barra do Say.
Reservas: (47) 3443-3409    9952-2690


Claudia Wasilevski e:
Pensar e comer como gordo
 
Claudia Wasilevski pe cronista de primeira linha

Qual é a diferença entre comer como gordo e pensar como gordo? Vou tentar explicar. Eu sou um caso típico de quem apenas come e não pensa como gorda.
Comer é das melhores coisas da vida. Minha família não é das que demonstram afeto com abraços e beijos. Mas são craques na cozinha. E aí vem todo carinho, com muitos temperos e pratos calóricos. Não existem comemorações diets e lights. Tirando a ala diabética, tudo é tão doce a ponto de travar o maxilar. Faz tempo que observo, claro que calada, o comportamento. Identifiquei claramente os diferentes tipos que compõe a nossa mesa. Os gulosos comem rápido e quase com falta de ar. Os gordos, como eu se satisfazem no terceiro prato. Mas os que pensam como gordo tem técnicas variadas.
Fiquei de olho em um queijo ser virado de um lado para outro. Pequenas fatias sendo retiradas e comidas calmamente. Não aguentei de curiosidade e perguntei o que estava acontecendo. A resposta veio como se fosse uma condenação. – Você não está vendo que o queijo está torto? Cada uma. Que diferença faz o queijo ser guardado torto? E aí fica bem clara a diferença. Eu cortaria uma fatia bem grossa. Quem pensa como gordo, usa a criatividade para arranjar um motivo para comer. Oras o queijo tem que ser absolutamente reto.
Quando eu era criança, minha mãe fez um regime em São Paulo. Meus pais entraram em um taxi e ao dar o endereço, o motorista informou que a clínica era conhecida como Casa da Banha. Coitada. E daí passou a comer em um prato de sobremesa e usar um copo, creio eu, que de massa de tomate. Daqueles bem pequenos. O meu pai que tinha o humor, diria que dolorido, a observando arrumar a mesa, disse cinicamente: - Lá vem a Carmen com o ridículo e o absurdo. Ninguém entendeu e ele emendou: - É ridículo uma pessoa repetir cinco vezes um prato de sobremesa e um absurdo fazer caber um litro de refrigerante em um copo tão pequeno. E assim foram batizados. Pura maldade, ela emagreceu 16 quilos.
Quem pensa como gordo já vai à busca da sobremesa antes de sentar para comer. É preciso de cálculos precisos para fazer as escolhas. Se o que vem depois for muito bom, vale a pena cortar alguns itens. O que não pode de jeito nenhum é passar dias se culpando, porque não coube tudo. Quem apenas come como gordo, se satisfaz com o que está na sua visão, seu alcance.
As compras do supermercado também são diferentes. Eu trago sempre as mesmas coisas e só vario quando preciso fazer um prato especial. Já a outra categoria, conhece todas as novidades, param em frente às prateleiras, como hipnotizados. E comemoram quando encontram um lançamento. “Já tinha visto este biscoito em uma propaganda e comprei”. Só falta um grito de UHUH!
Bom mesmo é comer. Tento emagrecer constantemente e descobri que o problema não é só meu. Como dizia Karl, o Marx. A existência precede a essência; nenhum ser humano nasce pronto, mas o homem é, em sua essência, produto do meio em que vive... E neste quesito me dei mal.
 RN
Claudia Wasilewski


 Fernando de la Rocque na Toulouse Arte Contenporâmea
Depois de ter uma de suas obras da série “Colônias” leiloada pela Phillips de Pury & Co, em Londres, em abril, o artista plástico Fernando de la Rocque abre no dia na próxima 5ª. feira, dia 26 de maio de 2011, na galeria T. A. C. – Toulouse Arte Contemporânea, 3º andar do Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro, a exposição "Tomadinha – Ensaio sobre Prazer". A mostra, que vai até o dia 26 de junho, reúne desenhos, esculturas, stencils e vídeos produzidos a partir de diversos estudos feitos pelo artista nos últimos dez anos. 
 
Fernando de la Rocque é um artista urbano que, segundo ele, utiliza-se do ‘lixo’ como matéria prima para produzir sua arte. “Minha intenção não é saturar a cidade com elementos novos, mas retirar dela minha matéria prima”, diz ele, que tem esculturas feitas com canudos recolhidos em lanchonetes do Leblon e de Ipanema, obras com palitos japoneses (hashi), colhidos nos restaurantes da cidade. Também tem trabalhos feitos com garrafas PET e caixinhas de alumínio. Agora, todas essas obras, incluindo as peças da série de sucesso denominada Colônias (dos desenhos eróticos pintados em azulejos), estarão reunidas e poderão ser vistas até o dia 26 de junho na galeria T. A. C. – Toulouse Arte Contemporânea. A curadoria é de Jackie de Botton. 


Chef Sandro Duarte e seus Sabores Especiais