segunda-feira, 15 de abril de 2013

JFaria e Sangue em vilipèndio


Sangue em vilipêndio

Vês aquele rastro vermelho no céu?
Trata-se do reflexo de meu sangue
vilipendiado ao longo dos caminhos
por onde meus passos percorreram
ou por onde deles notícia tiveram.
Em cada esquina chamaram-me
de amigo. Poucos o foram reais.
Em cada passagem que vivi
afagos em meu ego recebi.
Muitos reais, reconheço, mas
outros tantos ou muito mais
pouco mais foram que mera
quimera, simpática política
afinal, do futuro ninguém sabe.
Enquanto de minha seiva puderam
saciar, os abraços me foram fartos.
Afinal, simpatia custa apenas gestos
maquiada reverência
que no alvorecer da relação
até que pode nos acender
raios incandescentes
no ocaso sutil de sonhos idos.

JFaria (abril de 2013).- edircom@uol.com.br
JOSÉ FARIA - é Governador da Associação Internacioal Poetas del Mundo em Goiás-GO

Luiz Henrique Fiaminghi


Alunos de Arquitetura premiados



10 de abril de 2013

Alunos de Arquitetura são premiados em concurso internacional

Por Maria de Lurdes Welter Pereira
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Figura 1 – Modelos reduzidos das luminárias inscritas. Canto superior esquerdo: luminária vencedora. Abaixo, direita: segundo lugar, e abaixo, esquerda e centro, terceiros lugares.
O curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR conquistou, no mês de março, os três primeiros lugares no concurso Latinoamericano de Projeto de Luminárias promovido por diversas empresas, entre elas a Philips e Instituto de Pesquisas Politécnico Rensselaer de Troy, Nova Iorque. O objetivo foi associar a iluminação a melhoria de áreas urbanas degradadas.
Pelas normas do concurso, os projetos de iluminação externa em áreas urbanas deveriam criar uma sensação de segurança, para atrair pessoas a visitar lojas e restaurantes e melhorar a segurança de motoristas e pedestres. Os trabalhos foram orientados pelo professor Aloísio Schmid, das disciplinas de Ambiente Construído I e II.
O professor explica que a luminária classificada em primeiro lugar propôs algo simples e eficiente: fornecer, ao redor de cada poste, uma iluminação intimista e de qualidade, permitindo às pessoas ler um livro. Tem formato triangular e é alimentada por células fotovoltaicas, que dispensam ligações elétricas ao poste. Foi criada pelas acadêmicas Bruna Martins Murara, Caroline Muraro e Ivana Cavichiolli de Castro.
Em segundo lugar ficou a luminária chamada Stipula, que buscou uma forma orgânica e livre de outras referências, fornecendo ao mesmo tempo um móvel para as pessoas possam sentar Foi desenvolvida pelos acadêmicos Lucas Turmena, Leticia Domingos Vellozo, Renan Diniz Pergher e Juliano Zanardini de Oliveira.
A luminária chamada Fuchsia apelou para a beleza da composição. Baseada na flor de mesmo nome também conhecida como brinco de princesa conquistou um dos terceiros lugares e foi desenvolvida pelas acadêmicas Simone Regina Nhiemetz Born, Mariana Steiner Gusmão e Natália Meinerz.
Outra luminária, Street corner luminaire, se propôs destacar placas de rua comuns nas esquinas de Curitiba. Foi proposta pela acadêmica Maise Bueno, a partir de um trabalho iniciado ainda com a participação de Francine Paola e Pamela Bettega e ficou com o outro terceiro lugar.
As pesquisas foram desenvolvidas na disciplina de Ambiente Construído. Para Aloísio a premiação representa a importância de trabalhar com um conceito de iluminação de interesse público, que combina eficiência, conforto, conceito e forma. Diz que estas luminárias podem vir a proporcionar soluções para as áreas urbanas. De acordo com o professor, Curitiba por muito tempo se viu iluminada somente pelos postes altos, voltados para o trânsito, depois vieram as réplicas de lampiões republicanos. que espalham a luz, e desperdiçam energia, e aina ofuscam a visão dos motoristas e pedestres. O pesquisa espera agora que as boas novas idéias dos estudantes sejam prestigiadas no futuro

Katia Velo


Katia Velo recebe homenagem da UNAP/SP

A União Nacional dos Artistas Plásticos - UNAP/SP realizou no último domingo (14), no Salão Internacional da Mulher, a cerimônia para homenagear e destacar artistas plásticos, escultores, curadores e pessoas relacionadas à classe artística.

A artista plástica, professora de Arte e colunista cultural, Katia Velo, foi referendada com o Brasão Incentivador das Artes. De acordo com a curadora Jô Oliveira, curadora da Arte 100Fronteiras que fez a indicação, destaca “Indiquei Katia Velo por seu trabalho contínuo e constante movimentando as Artes a nível nacional e internacional nestes últimos anos”.
Local:
CENTRO CULTURAL DA MARINHA EM SP
Av. 9 de Julho, 4.597 - Jardim Paulista/SP

K A T I A V E L O
diretora de comunicação APAP/PR, artista plástica, colunista e professora de arte
www.katiavelo.com.br
55 41 8408-6452



Da Gazeta do Povo


Caderno G

Segunda-feira, 15/04/2013
Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Daniel Castellano/Gazeta do Povo /
LITERATURA

Independentes na rua

Empresários vão na contramão das megastores e mostram que a livraria pequena pode ser um bom negócio – para eles e para os leitores

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Publicado em 15/04/2013 | ISADORA RUPP
Em pouco mais de um ano e meio e em um raio menor do que dois quilômetros, três livrarias de rua que abriram em Curitiba, cujas vitrines, ao contrário de lojas das grandes redes, são bastante diferentes entre si, investiram na conquista de leitores que querem muito mais do que um best seller. Há exatamente 40 dias, outro empresário, Diogo Fontana, resolveu se aventurar nessas mesmas ruas entre o Centro e o Batel e abriu, na charmosa e arborizada Alameda Prudente de Morais, a Livraria Danúbio, fechando o “quarteto” de livrarias que acham que kindles e afins não chegam nem aos pés de um bom livro de papel.
Serviço
Confira o horário de funcionamento de cada espaço e saiba um pouco mais sobre cada um deles:
Livraria Danúbio
Alameda Prudente de Moraes, 1239 - Batel Soho, (41) 3324-1784. Segunda a sexta-feira, das 10h30 às 19 horas. O acervo da livraria mistura novos e usados (alguns custam cerca de R$ 5). Tem um café e serve chá da tarde das 15 às 18 horas.
Poetria Livros e Arte
Avenida Vicente Machado, 865 – Batel, (41) 3046-3036. Segunda-feira a sábado, das 10 às 19 horas. Foca em títulos de literatura, sobretudo brasileiros, e autores locais. Realiza cursos, exposições e lançamentos de livros. Tem café.
Livraria Arte & Letra
Alameda Presidente Taunay, 40 – Batel, (41) 3039-6895. Segunda a sábado das 10 às 20 horas. Tem livros mais raros dentro do catálogo das editoras, escritores paranaenses, literatura fantástica e títulos da editora homônima. Realiza palestras, laçamentos, encontros e cafés da manhã com desconto em títulos selecionados. O café funciona no mesmo local.
Navegadores
Rua Coronel Dulcídio, 540 – Batel, (41) 3222-4797. Segunda a sábado das 9 às 19 horas. Direcionada ao público infantil, tem livros de literatura para crianças, títulos de editoras portuguesas e produtos de papelaria. Realiza contação de histórias e aniversário no local, incluindo salgados, doces e atividades lúdicas.
Com uma decoração delicada, cheia de referências de livrarias estrangeiras, que Fontana pesquisou com a ajuda da mãe, Ana Dalgiza de Almeida Fontana, a Danúbio mistura títulos novos, importados (há várias obras de editoras portuguesas) e usados, distribuídos em um espaço específico da loja e também em um caixote de madeira na calçada, junto com as mesas para o café (que fica junto com a livraria). “Decidi unir novos e usados pois não tinha visto em lugar nenhum. Muita coisa aqui na livraria ainda é teste”, frisa Fontana, que é auxiliado pelo único funcionário, Dyan Soares, de 18 anos, contratado após bater na porta da Danúbio pedindo emprego.
Fontana acredita que as pequenas livrarias de rua ajudam o leitor a passar tempo no espaço. Coisa que o livro digital jamais fará, declara, enfático. “Conheço gente que tem mais de mil livros no kindle e leu cinco.” Para a surpresa dele e de muitos, adolescentes que não tiram o iPhone da mão andaram procurando clássicos do vestibular, facilmente encontrados na internet.
“Até essa geração diz que acha melhor ler no papel”, relata o empresário, que teve no primeiro mês um faturamento que era esperado para após quatro meses.
Para Thiago Tizzot, sócio da livraria Arte & Letra – que, antes de ganhar uma sede ampla funcionou por cinco anos junto com um café e hoje é ponto de encontro de artistas e escritores da cidade –, a livraria de rua promove a aproximação do leitor/cliente porque resgata o papel do livreiro, “da pessoa que pesquisou e vai lhe indicar o título. Esse é o diferencial”, acredita.
Sobrevivência
Por outro lado, manter o negócio não é fácil, pois é necessário relembrar as pessoas constantemente para que saibam que existe vida, e livrarias, além do shopping. É a opinião de Tizzot. Ele, Fontana e o casal Luís Felipe Jacobsen e Cláudia Menegatti, donos da Poetria, aberta em outubro do ano passado, investem no lançamento de livros, cursos e palestras para deixar o espaço em constante movimento. “Financeiramente, sentimo-nos participando de um movimento paralelo às tendências de consumo rápido e impessoal. Por isso, sabemos que nossos desafios ainda serão grandes”, salienta Cláudia.
A Navegadores, direcionada ao público infantil e idealizada por Marco Antônio Busetti e pela esposa, Rossana, faz contação de histórias e aniversários, e pretende realizar convênios com escolas. “Só da venda, não sobreviveríamos.”