quarta-feira, 2 de março de 2016

"Procissão do Fogaréu na cidade de Goiás" é apresentada em Curitiba





 “ Procissão do Fogaréu na cidade de Goiás“ 
no MASAC – Museu de Artes Sacra de Curitiba
com obras de Di Magalhães

A Procissão do Fogaréu acontece na cidade de Goiás desde 1745,  nesta Exposição no  MASAC – Museu de Artes Sacra de Curitiba estarão em exposição 15 quadros em óleo sobre tela, sendo 9 tamanho  50x70, 4 27x35 e 2 50x40, sobre a Procissão do Fogaréu, juntamente com as telas estará em exposição uma roupa de farricoco.

A Procissão do Fogaréu é Tradição na cidade de Goiás,  uma tradicional procissão católica realizada anualmente na cidade, na quarta-feira da semana Santa.

A procissão encena a prisão de Jesus Cristo e tem início ás 0h da quinta-feira da Semana Santa, os postes de luz do Centro Histórico da cidade de Goiás  se apagam e ao som de tambores  e à luz de tochas, tem início a Procissão do Fogaréu à porta da Igreja da Boa Morte, na praça principal da cidade, os penitentes, vestidos em indumentária especial e representando soldados romanos, seguem então para a escadaria da Igreja de N. S. do Rosário, onde encontram a mesa da última ceia já dispersa.

Em seguida, avançam na direção da Igreja de São Francisco de Paula, que simboliza o Jardim das Oliveiras, onde se dará a prisão de Cristo. Este é representado por um estandarte de linho pintado em duas faces, obra do artista plástico goiano    oitocentista Veiga Valle, a partir daí, o estandarte com a imagem de Jesus é carregado por um dos farricocos, simbolizando  sua captura, a  cerimônia dura cerca de uma hora.

A Procissão do Fogaréu foi introduzida em Goiás pelo padre espanhol  Perestelo  de Vasconcelos, em meados do século XVIII,  a indumentária utilizada pelos penitentes caracteriza-se por uma túnica comprida e por um longo capuz cônico e pontiagudo, guardando fortes semelhanças com as vestimentas que ainda hoje são comuns nas celebrações da semana santa na Espanha.


Trata-se, com efeito, de um traje de origem medieval, o qual era costumeiramente utilizado por penitentes que assim podiam expiar seus pecados sem ter que revelar publicamente sua identidade.