terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Alguns drinks muito bacanas

Durante este verão vou sugerir alguns drinks para vocês. A maioria deles é com champagnat, e em não tendo vocês poderão substitui-lo por um espumante.
Então, vamos lá?

Buck’s Frizante: champanhe com laranja:

Este é um dos mais tradicionais, clássicos e apreciados drinks no mundo, e muito fácil de fazer.
Anote: duas medidas de suco de laranja coado, natural e bem frio 
(deixe as laranjas na geladeira por duas horas); duas medidas de champanhe, também bem fria.
Despeje o suco das laranjas até a metade da taça e cuidadosamente despeje o champanhe até enchê-la. Prepare dois driks, um para você e outro para quem você ama, e tim-tim: feliz 2010.




Campari Espumante

Uma medida de campari, uma medida de suco de laranja coado; gelo triturado e uma medida de espumante.
Em um recipiente coloque o campari, o suco de laranja e o gelo, misture bem até ficar uma cor homogênea. Se você tiver uma coqueteleira é melhor. Depois coloque num recipiente próprio para champanhe e acrescente lentamente o espumante. Está pronto. É só beber.



Black Velvet:


Uma medida de cerveja tipo bock (escura) e a mesma medida de um champanhe ou espumante seco branco.
Coloque a medida de cerveja num copo longo (até a metade) e deixe ficar com um pouco de espuma (colarinho). Acrescente cuidadosamente o espumante até chegar à borda do copo. Reúna seus amigos, prepare os drinks e tenham um gostoso fim de tarde neste verão.


É claro que se beber não dirija e sempre beba com moderação.
O principal de uma reunião com amigos ou um encontro com quem você está afim é a reunião e o encontro em si. A bebida é apenas um pequeno detalhe, não a torne o objeto principal.





Conto

Publico, novamente, este conto,de minha autoria, que foi premiado em 2008


O CRAVO
Naquele 12 de julho de 1995, chovia e fazia frio, pois foi um dos invernos mais rigorosos. Temperatura baixa, por diversas vezes aumentei o nível da calefação. Meu apartamento ficara fechado por dois meses, eu estava em uma turnê pelo Brasil.
Não consigo ficar longe do meu cravo. Em algumas turnês eu o levo, porém, não em todas. Isto me aborrece, mas quando chego em casa, o primeiro ato que faço é dedilhá-lo para sentir suas teclas e sua música que me deixam em êxtase. É muito forte a ligação que temos.  Realmente um caso de amor de muitos anos, pois eu o ganhei de meu pai aos 10 anos, e isto nos une por mais de 25 anos. Identificamos-nos nota a nota, cadência a cadência, suaves ou abruptas. Há, verdadeiramente, uma cumplicidade.
Não raro, quando começo a tocar, sinto sempre a presença de alguém que, na verdade, me estimula mais e mais a tocar, a sentir o cravo, a ousar nas notas e nas composições, minuto a minuto, nota a nota, dedilhada a dedilhada; mas, naquele frio e úmido final de tarde, eu não conseguia me concentrar, algo estava me atrapalhando, me incomodando e havia o cheiro de um doce perfume que eu jamais havia sentido.
Não me concentrando, decidi tomar um banho, ficar horas na banheira para descansar e eliminar aquela incômoda sensação. Fui até o banheiro do meu quarto, abri a torneira para encher a banheira com água quente, joguei alguns sais e, enquanto a banheira enchia, tirei minha roupa. Olhei-me no espelho de moldura prateada, bem no centro do banheiro e pude perceber que precisava dedicar-me ainda mais aos meus exercícios; tenho o corpo definido, mas quero mais, talvez mais definido e maior para poder acolher melhor as mulheres que passam pela minha vida. Aproveitei o vapor que saía da banheira e me barbeei. Gosto do contato em meu rosto da espuma de barbear e também do deslizar da lâmina - uma vez só é o suficiente para deixar a pele macia - sem machucá-la.
O grande espelho com moldura prateada começava a embaçar o que dificultava ver-me por inteiro, mas uma imagem se formou como se fosse o corpo de uma mulher. Não conseguia identificar, porém acreditara que: "são coisas do vapor da banheira, toda vez que me banhava". Para mim o banho é um ritual, no qual você deve admirar-se e demorar, para melhor usufruir cada momento. O banho deve ser extenuante e estimulante ao mesmo tempo.
Ao terminar de encher a banheira, liguei a hidromassagem, e em segundos aquela banheira ficou borbulhante, sedosa e atraente para poder mergulhar meu corpo. Antes de entrar, desliguei a hidromassagem, abri o pequeno bar que tenho no banheiro, peguei uma boa garrafa de vinho tinto e uma taça. Abri o vinho, sempre tinto e encorpado, lentamente deixei-o cair na taça e em seguida entrei na banheira.
Subitamente, senti a sensação de estar sendo observado por aquele imenso espelho de moldura prateada, porém, a princípio, era apenas o que havia sentido anteriormente, e como o banheiro estava enevoado devido à temperatura da água da banheira, deixei minha imaginação acontecer.
Após longos minutos de enlevo e já quase meia garrafa de vinho, percebi macias mãos acariciando minhas pernas. Mãos absolutamente suaves, e quanto mais elas me acariciavam mais eu sentia aquele perfume adocicado penetrar pelas minhas narinas, embriagando-me e levando minha imaginação quase ao descontrole. Não ousei abrir os olhos, pois sentir o toque das mãos e o odor daquele perfume parecia bastar, e mais do que tudo me excitavam num prazer absoluto.
Levei a mão até a garrafa e, de olhos fechados, me servi de mais uma taça de vinho, degustando-o lentamente. A sensação foi quase indescritível, pois à medida que bebia, aquelas mãos faziam mais e mais movimentos rápidos - estavam me levando ao máximo prazer.
Novamente, não ousei abrir os olhos, me servi de mais uma taça de vinho e os movimentos frenéticos aumentavam a cada instante, a cada segundo, fazendo-me chegar ao ápice.
Adormeci, porém aquele perfume estava mais forte, mais doce, agressivo, como se viesse para perturbar os meus desejos e as minhas vontades. Ah! Este cheiro me deixava louco e excitado. O prazer voltou.
Levantei, tomei uma ducha bem quente, não me enxuguei, coloquei o roupão, porém não o amarrei: saí do banheiro, atravessei todo o meu quarto, a ante-sala que me separava dos demais cômodos, e fui para a janela observar a chuva que caía, um pouco mais fraca, porém ainda se fazendo presente juntamente com uma névoa, que não permitia se observar o outro lado da rua.
Cheguei até a sala principal onde tenho meu cravo. Fui até o bar e abri outra garrafa de vinho, pois a que estava no banheiro não deveria ser mais tocada para poder guardar na lembrança os momentos gostosos que tive naquela banheira.
Peguei outra taça e me servi de outra garrafa do mesmo vinho tinto de sabor incomparável. Comecei a dedilhar uma sonata que havia composto durante a turnê e degustava a bebida.
De olhos fechados, após finalizar o primeiro gole, senti novamente aquele perfume doce-agressivo e aquelas deliciosas mãos, agora apalpando meu peito. Os dedos se entrelaçavam entre meus pelos e as mãos desciam, desciam e me enchiam de prazer. Não me controlei.
Ah! Abri meus olhos, estava exausto, porém absolutamente satisfeito. Continuei a tocar a minha sonata e a sonhar, sonhar, sonhar...

Poesia

Não consigo deixar de te amar



Não consigo deixar de te amar
tento sempre  te esquecer
mas você está nos meus passos
nos meus pensamentos
no meu modo de viver


Você está presente em minha boca
           em meus olhos
em meu corpo
em minha alma


Você está presente em mim,
no meu gozo
no meu desejo de te possuir todos os dias de minha vida.


Não, não consigo deixar de te amar.

No mar da minha vida encontrei a tua existência



Este quadro de minha autoria é da série "No mar da minha vida encontrei a tua existência".
Encontrar a existência da pessoa que se ama é o objetivo desta série de quadros que têm como temática  mar e peixes. Estes dois objetos do meu estudo refletem a abundância e alegria em viver.

No mar da minha vida encontrei tua existência - 2005 - 45 x 90cm - mista sobre tela

Árvore e Horizontes



Este quadro se denomina "Árvore e Horizontes" de minha autoria e que gosto muito. São os encantados horizontes da minha vida que sempre vêm acompanhados de uma Árvore que nos dá suporte para viver.
Árvore e Horizontes - 2007 - 45 x 90cm - mista sobre tela.

Duas dicas bem bacanas: literatura, feijoada e vinho



A primeira dica é sobre leitura: e o indicado é: Guia Prático de Harmonizações Gastronômicas em Vinhos e Espumantes Brasileiros. Escrito por Paulo Milreu que explica de maneira simples como você pode harmonizar tipos de comidas e vinhos.
O bacana é que você conhecerá e poderá saborear os diversos tipos de bons vinhos brasileiros, junto, é claro, com nossa culinária.




A segunda dica é Feijoada e vinho
Semana passada recebi alguns e.mails solicitando o que poderia acompanhar a feijoada, na questão de bebida. Mesmo no verão e calor intenso que está fazendo, temos o hábito de comer feijoada. É um costume nosso. Então vamos lá:

Primeiro, faça uma feijoada mais leve, magra com pouca gordura. Por mais que se tenha o costume de ter como bebida a cerveja e a caipirinha, você pode optar bom um vinho tinto. A feijoada requer um vinho que tenha como característica a sua acidez, pois isto combina com comidas mais pesadas, corta a gordura e ajuda na digestão.




Para acompanhar uma deliciosa feijoada recomendo um vinho feito de uvas Tannat e Cabernet Sauvignon.
Como reconher estes vinhos? No rótulo de cada garrafa você encontrará as informações. Então, boa feijoada.