Roberto Nicolato
Crédito fotográfico: André Rodrigues
Nicolato lança no Wonka
Bar
o romance Do outro lado da rua
O jornalista e professor Roberto Nicolato lança no próximo dia 17/02
(quarta-feira) o seu segundo romance, Do
outro lado da rua (Kotter Editorial), a partir das 21h, no Wonka Bar, em
Curitiba.
A obra é inspirada no conto "Uma vela para Dario", do
escritor paranaense Dalton Trevisan, e tem como cenário a Curitiba dos anos 50
e da atualidade.
Do outro lado da rua conta a história de Otaviano, um funcionário
público aposentado que vive em companhia da empregada e de um gato, no centro da capital paranaense. Sem conseguir
movimentar parte do corpo e preso a uma cadeira de rodas, ele contrata um
digitador e, assim, tenta produzir a sua primeira obra de ficção. A história
tem como ponto de partida a misteriosa morte de um forasteiro na Curitiba da
década de 50 e irá mobilizar diferentes narrativas e modos de contá-la.
O segundo romance do escritor mineiro, radicado em Curitiba, revela em dois tempos narrativos contrastes da vida curitibana e as memórias vivenciadas pelo protagonista, um sujeito atormentado por um antigo sentimento de culpa. "Não tive a intenção de escrever um romance histórico ou policial, mas propor uma narrativa psicológica sobre a glamourosa Curitiba do passado e refletir sobre as relações humanas e os males nos atordoam", observa Nicolato.
Roberto Nicolato é jornalista e professor universitário. Radicado em Curitiba há quase 30 anos, nasceu em 1960 em Sant'Ana do Campestre, na região da Zona da Mata mineira. Do outro lado da rua é o segundo livro de ficção do escritor, após lançar, em 2013, o romance intitulado A caminhada ou O homem sem passado. Atuou em diferentes veículos de comunicação. É mestre e doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Trecho do livro
“O
que importava é que contratando aquele rapaz estava sendo possível escrever a
história do alienígena, do Ulysses moderno que viveu algum tempo naquela
Curitiba de não mais, e também o como ele virou objeto de desejo dos maridos
vouyers, das damas, das donzelas, das desafamadas e dos jornalistas. Não havia
quem não soubesse, quem não tivesse acesso a ao menos um pequeno fragmento de
prosa, nas mais das vezes fantasiosa, em conversas de bares, cafés e nos clubes
requintados, sobre aquele lídimo Don Juan. Isso contribuiu para ajudar a criar
o mito do homem que muitos julgavam conhecer, mas que pouco dele sabiam”.