segunda-feira, 1 de abril de 2013

Declaração de Amor a Cuiabá por Airton Reis



294 anos de Cuiabá - 8 de abril - Poema declaração - Airton Reis.

Cuiabá meu amor!

       Cuiabá, capital eternizada em versos. Cidade poema do sertão. Estrofes das acácias. Rimas dos rios Coxipó e Cuiabá. Terra dos cajueiros em frutos. Cenário da natureza em flor. São Benedito, fé e louvor. Cuiabá meu amor!
      Amo Cuiabá de coração. Coração poético da América do Sul. Artéria da Amazônia Legal. Portal do Pantanal. Cerrado em depressão tropical. Amo em plenitude as pepitas que a cobiça não extinguiu. Amo o porto de chegada e de partida de uma aluvião de abril. Amo com vigor a capital geopolítica do Centro-Oeste do Brasil. Amo a terra dos nativos habitantes. Amo o caminho fluvial dos bandeirantes entre as serranias de um sertão milenar. Amo os canoeiros ausentes. Amo os afro-descendentes. Amo as corredeiras das lontras brilhantes. Amo a cultura miscigenada. Amo as tradições perpetuadas.
      Amo Cuiabá por seu povo, por suas lendas paginadas, por sua musicalidade que cruza fronteiras. Amo Cuiabá por suas entradas, por suas bandeiras. Amo Cuiabá por suas paisagens verdejantes em flor. Amo Cuiabá com todo o meu amor. Amo o guaraná ralado à mão. Amo a paçoca de pilão. Amo a rede armada no quintal. Amo a mangueira frutificada na ladeira. Amo a Cidade Verde preservada por inteira. Amo as estações em trilhos distantes. Amo a Bandeira do Espírito Santo. Amo a fé em Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Guia e Nossa Senhora do Rosário. Amo o consciente coletivo imaginário.
      Amo a mágica de pintado. Amo o bagre ensopado. Amo a cabeça de pacu assado. Amo o pirão apimentado. Amo o revirado com feijão empamonado. Amo o sabor do caju amarelo. Amo o furrundu raspado no tacho. Amo o arroz com pequi na panela de barro do bairro São Gonçalo Beira Rio. Amo Cuiabá por todos os seus rios e afluentes. Amo as pontes do progresso. Amo o horizonte da ordem constitucional. Amo os hinos da democracia constitucional.
       Amo a Capital em crescimento vertical ilimitado. Amo Cuiabá na linha do tempo, na edificação do espaço. Amo as estruturas de concreto, vidro e aço. Amo os portais centenários. Amo os ipês floridos na colina. Amo o licor de lima. Amo Cuiabá em todos os quadrantes de sua aquarela. Amo Cuiabá no Verão, no Outono, no Inverno e na Primavera. Amo o Parque Municipal da nascente do córrego do Barbado. Amo o Parque Mãe Bonifácia mesmo depois de incendiado. Amo o Horto florestal.
      Amo o rio Cuiabá mesmo que poluído. Amo o rio Coxipó mesmo que contaminado. Amo a capital do meu Estado. Amo Cuiabá quando a criança encontra escola para aprender mais de um capítulo sobre cidadania. Amo Cuiabá quando a infância miserável consegue sobreviver além de uma periferia. Amo Cuiabá com toda ternura e com toda poesia. Parabéns pelos 294 de história compartilhada além de um verso irmanado!
Airton Reis é poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com

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