sábado, 6 de abril de 2013

Poemas de Ana Stoppa


Esperança No Amanhã


Esperança menina bálsamo da alma entristecida

Despertas frágil coração a  lamentar tosca vida

Esperança redescobres todas as vontades pagãs

Serena, acordas as almas para crerem no amanhã



Esperança tu promoves a debandada do pranto

Inseres a magia no viver mil sonhos e encantos

Afastas o fantasma do pessimismo com coragem

Abres as portas da fé dizes amor não é miragem



Esperança tu és  magia dos sentimentos, elo divino

Corações tristes bebem eu ti a cura dos desatinos

Reveste poetas sonhadores com a alma de menino



Esperança tu és a grande fortaleza que nos segura

Alegria primaveril nas solitárias manhãs de inverno

Dizes com riso de menina - nenhum sofrer é eterno.

(Ana Stoppa)



     A Vida Me Chama


          O sono empurra-me para os sonhos
          Reluto em vão, anseio a vida sentir
          Quando enfim me vence , adormeço
          Minha alma repousa o eu tristonho


          A prece diária e o pedido de ajuda
          Badalam os sinos na igreja vizinha
          Escuto suave melodia, Ave Maria
          Acalmo o meu coração,  na oração


          Nas frestas da janela, a luz estrelar
          Ilumina frio leito aquece meu peito
          Bálsamo diário, a acalmar calvário


          Sinto a primavera florir em meu ser
          Perfume da vida, um doce envolver
          Vejo as flores esqueço-me das dores
                                    
                (Ana Stoppa)


Anseios da Alma


Trôpega te sentes oh alma solitária
Há quanto tempo te arrastas na  dor
De perambular qual arcanjo solitário
Sobrevivendo na agonia do calvário

Desististes de buscar da vida a luz
Cobristes-te da ácida poeira pagã
Páginas amareladas de fel tingidas
A prenderem-te no escuro amanhã

Porque não soltas todas as amarras
Inúteis sentimentos onde esbarras
Para subtrair de ti sonhos e garra

Espelha-te no voo livre das gaivotas
Mergulhe sem medo no azul  oceano
Assim liberta serás dos desenganos.


(Ana Stoppa)


Rabiscos De Melancolia



Madrugada despertas o cansaço
De viver a rotina da total deriva
Moldura silenciosa das paredes
Que o coração enlaça feito rede


Grosseiros rabiscos melancólicos
Borrões indecifráveis a agonizar
Prendem nas lembranças as horas
Pensamento perdido mundo afora


Desafias altiva o sal das lágrimas
Vestes a alma de eterno lamento
Fazes do existir escuro tormento


Quisera dotar-te de imensas asas
Para que voasses na cinza imensidão
Levando as dores que o peito abrasa.



(Ana Stoppa)







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