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MAURO PIVA
Abertura: 23 de março
Em sua primeira exposição individual na
Galeria Leme, Mauro Piva apresenta um novo corpo de guaches e pinturas,
baseadas no imaginário da criação de identidade e expressão textual de
indivíduos, a partir da ausência de características fundamentais, formais
ou escritas.
No corpo de telas que remetem ao trabalho
de Mondrian, Piva utiliza a fita crepe, elemento central destas criações,
para recriar a delimitação de espaços e cores, e algumas vezes das linhas,
feitas pelo artista. Porém, faz com que a própria fita não seja mais
somente uma ferramenta de construção, uma vez que é pintada na própria tela
contendo em si a totalidade do trabalho. Piet Mondrian passa a ser
reconhecido não pelos espaços ocupados de cores, e sim pela ausência destas
cores, e seu suposto resquício no elemento delimitador.
Em outra situação a fita crepe aparece
pintada em pequenos cortes, sobrepostos ou não. Mauro Piva trás para a
superfície da pintura um elemento tridimensional constantemente utilizado e
dispensado nos ateliês, em uma tentativa de reutilização deste elemento,
porém de forma distinta. Em telas nas quais a fita crepe, pintada sobre a
tela, se torna tridimensional, o artista se volta para mais uma de suas
funções: aquela de prender ou segurar algo, como se a fita segurasse a
tela. Assim como as fitas crepes são de cor e textura extremamente
variadas, as fitas pintadas pelo artista também possuem esta
característica.
Já nos guaches, nas quais são
delicadamente pintados papéis rasgados que sugerem bilhetes, Mauro Piva convida
o espectador a imaginar o que estaria nestes bilhetes. O tamanho do papel
pintado e seu pequeno rasgo sugerem um espaço para poucas palavras, como
uma dose de fala, um recado ou um lembrete, fragmentos do cotidiano. Os
guaches, todos com o mesmo tamanho e com o mesmo rasgo, sugerem formas
iguais de dizer coisas diferentes e formas de estabelecer alguma
comunicação, mesmo que com si próprio.
Sobre o
artista:
Mauro Piva
(Rio de Janeiro, Brasil, 1977). Vive e traballha em São Paulo.
Integrante
da coleção do MAM-SP, entre suas exposições se destacam as individuais:
Galeria Enrique Guerrero, Cidade do México, México (2011); Galeria Fernando
Pradilla, Madrid, Epanha (2011); Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil
(2010); e as coletivas: Vestígios da Brasilidade, Santander Cultural
Recife, Recife, Brasil (2011); Intimidade, SESC Pompéia, São Paulo, Brazil
(2009); Gabinete de Desenhos, MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo,
Brasil (2007); 10 anos + 1 Os Anos Recentes da Arte Brasileira, Instituto Tomie
Ohtake, São Paulo, Brasil (2006).
Abertura: 23 de março – 12hs Até 27 de abril, 2013 Av. Valdemar Ferreira, 130
São Paulo | Brasil - Seg - Sex 10 – 19hs - Sáb 10 – 17hs - +55 11 3093.8184
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