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Zipper apresenta, a partir de 16 de abril de 2014 às 19h, a primeira
individual do artista Camille Kachani na
galeria. Com curadoria de Cauê Alves, a mostra reúne um conjunto de peças
que enfatizam a dimensão poética de objetos que, afastados de seu caráter
funcional, são transformados em esculturas e proporcionam diversos
questionamentos.
As relações mais fundamentais se dão entre os elementos naturais e manuais,
útil e inútil ou orgânico e inorgânico. O que se observa através da
exposição, segundo o curador Cauê Alves, é que esses pares de opostos
tendem a se transformar um no outro.
Gaveta, martelo, foice, tesoura, enxada, faca, entre outros utensílios e
ferramentas são sobrepostos e arranjados de maneira aparentemente
instáveis, situando-se entre o equilíbrio e o desequilíbrio. A otimização
dos objetos feitos para a mão não se adequa à nova função que adquiriram e
criam um abismo entre o uso cotidiano dos objetos e a configuração da peça
final. Essa distância aparece de modo mais direto quando copos, pratos,
martelos e talheres são divididos ao meio. Há um pequeno hiato entre o
espaço que separa as metades, a síntese de toda a exposição: a distância
entre a totalidade e a singularidade partida da arte.
Camille Kachani
Camille Kachani (Beirute, Líbano, 1963), destaca-se no atual panorama da
arte contemporânea brasileira por suas obras tridimensionais. Como exposições
mais recentes, podemos citar sua individual na FUNARTE São Paulo, em 2008,
e nas galerias Anna Maria Niemeyer, no Rio de Janeiro, e Galeria Thomas
Cohn, em São Paulo, em 2010. Participou também das exposições coletivas: Annamaria Niemeyer: um caminho,
no Paço Imperial, Rio de Janeiro, Espelho
Refletido, no Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, 05+50 MARP 20 Anos,
no Museu de Arte de Ribeirão Preto, e Panorama
Terra, pela RIO+20, todas durante o ano de 2012.
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