terça-feira, 9 de abril de 2013

Na busca do elo perdido



NA BUSCA DO ELO PERDIDO 
                                                                                                              por Leo Soltz

Venho me perguntando por que pessoas estão encontrando desafios cada vez mais intransponíveis no seu dia a dia. Problemas com vizinhos, com entes queridos (ou nem tanto), no ambiente de trabalho e com supostos amigos. É problema por todo lado.

O ambiente de trabalho vem sendo um local causticante com temperaturas que ultrapassam o limite desejável. A competição deixou de lado parâmetros aceitáveis para seguir caminhos escusos e que envolvem o jogo do poder e do crescer...a qualquer preço e custo.

Em nosso trato com vizinhos o desrespeito não muda de figura. Um carro estranho parado em nossa garagem (sem aviso prévio), barulho excessivo no andar de cima (depois do horário prudente), uma cerca (para aqueles que têm casa) colocada em ponto alheio ao que remeteria a planta oficial buscando vantagens em detrimento do direito do outro. A Lei de Gerson impera. (Que me desculpe o uso do nome, mas virou chavão).

Ufa, chegamos a nosso lar ou na casa dos parentes. Agora é paz. Nada disso. Encontramos na figura de um irmão, primo ou tio os mesmos vestígios desta falta de princípios e dos padrões de comportamento que norteavam, no passado, nosso ser.

O que será que vem acontecendo? Para onde estamos indo e quais desfechos esperamos a continuar este padrão de comportamento?

Assistimos a todos a cerimônia de escolha do novo Papa. Francisco chegou e logo de início nos demonstra uma atitude distinta, um jeito de ser e de querer a condução da igreja.  De uma nova igreja, diga-se de passagem. Demonstra-nos, logo de cara, um exemplo de humildade, de amor ao próximo e de caráter.

Isso. Chegamos ao ponto relevante. Falta caráter neste novo ser humano.

Você pode não concordar e até ficar chocado. Mas é a pura verdade. Estamos em rota de colisão com os piores exemplos. Na política (havia me esquecido desta, sic) nas relações de trabalho, em casa, no transito. Seja onde for encontramos estes traços.
Portanto, o que esperamos do outro se não conseguimos educar nossos filhos e quando estamos com os mesmos no transito, por exemplo, a impaciência e a falta de respeito ao próximo é a tônica?
Os exemplos meus amigos vem de casa. Dos pais. Da família.

Pensar que a escola vai educar seus, nossos filhos é vã filosofia. Mesmo porque, com as péssimas condições de salário e benefícios só resta ao professor buscar um volume de aulas desproporcional à qualidade do ensino que deixa aos alunos. O mesmo acontece com nossa força policial que está dia a dia nas ruas. A qualidade em nos servir é duvidosa.
Como se volume fosse a melhor solução.

Podia ficar horas e horas ou linhas e linhas discorrendo sobre estas mazelas, mas quero lhe fazer pensar, refletir, discordar, se for o caso. Este tipo de posição é o que precisamos.
Falar sobre este assunto, pensar e encontrar soluções é o que nos fará ser uma sociedade melhor. Deixar esta busca pelo Elo Perdido nas mãos de quem não tem competência é esperar pelo pior para o futuro de nossos filhos e esta geração de primeiras páginas de portais.

Pense nisso.



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